Capítulo 2

  Quando fui ver, era a minha prima Jaqueline, ela mora em Manaus e desde que ela se mudou pra lá nos víamos muito pouco, fui correndo em sua direção gritando euforicamente:
  Eu - JAQUELINEE, JAQUELINE, JAQUELINE.
  Jaqueline - Nossa, nem te conheço haha, queria te fazer uma surpresa, mas acho que não acabou dando muito certo, e aí como você tá?
  Eu - Péssima como sempre, tá bom vai, agora que você apareceu, tô... digamos, mal assim. - dei uma risadinha tímida.
  Chamei a "Jacque" para ficar conosco mas ela me disse que estava ocupada com mais uma de suas "frescuras". Pra compensar, o Luíz teve que ir embora porque ele faz Judô e a Opala também, pois tinha que cuidar da priminha dela, todo o santo dia as 19:00 ela cuida da priminha dela e recebe 200 reais por mês em troca disso. Eu e a Jacque ficamos conversando e relembrando todos os nossos momentos juntas, levei ela pra minha casa e quando chegamos, ela me vem com essa.
  Jaqueline - Vou voltar a morar em São Paulo, então enquanto arrumamos nossa casa, iremos ficar "hospedadas" aqui, iremos estudar na mesma escola e taals, não é o máximo?
  Eu - Meu você tá brincando comigo, aaa, saudades.
  Jaqueline - Eu tô do seu lado ¬¬'  
  Ajudei ela a desfazer as malas e em seguida, dormimos.
  No dia seguinte, prossegui com minha rotina normal, acordei, escovei os dentes, tomei café, escovei os dentes (de novo) e fui para a escola.
  Cheguei lá e a Opala chegou correndo até a mim, percebi pelos olhos dela de que tinha uma notícia "surpreendente" para me contar.
  Eu - Fala Opala, qual é a novidade - perguntei isso com uma cara de tédio
  Opala - A Lívia está grávida!
  Fiz uma cara de espanto, fiquei um pouco confusa e para confirmar se a notícia era verdadeira, ou se tinha ouvido direito, resolvi perguntar mais uma vez.
  Eu - O que você disse?
  Opala - A Lívia está grávida Thainá!
  Na hora que fui checar a quadra, vi que estava lotada, a Lívia estava com a cabeça apoiada sobre os joelhos abraçando-os, fui até ela para ver exatamente o que estava acontecendo.
  Eu - Lívia?
  Lívia - E você, o que está fazendo aqui?!
  Eu - Tem problema eu apenas tentar te ajudar?
  Lívia - Você não percebe que é uma mosca pra todo o mundo? Não tem utilidade pra nada, sai daqui, eu não preciso de você nem de ninguém, eu me viro sozinha! - depois disso ela começou a chorar e saiu correndo, empurrando todos que estavam em sua frente.
  Na mesma hora em que ela disse isso, me senti realmente tudo o que ela havia me falado, diversas sensações se misturaram, uma sensação se raiva, mágoa e tristeza, não sabia o que tinha dado em mim, se querem saber, até agora não sei, mas acho que tinha ficado com dó da Lívia, não sei o nome do sentimento que tomou o meu corpo naquele dia, só sei que depois não consegui falar mais nada e que ela havia conseguido arrancar lágrimas de meus olhos.
   

Capítulo 1

Tudo começa na escola São Pedro, que fica em um dos bairros míseros e insignificantes do maior centro urbano da América do Sul, se você não souber que centro urbano é esse, saibam que estou falando de São Paulo.
Então, eu não estava falando na minha escola? Como sempre, tivemos aulas com o professor Giovanni de informática, tivemos que copiar um texto, cujo tema, era sobre o corpo humano, ele ficou put* comigo quando viu que ao invés de apertar a tecla TAB dava dois "espaços" para fazer o parágrafo! O tonto me obrigou a apagar todo o texto e copiá-lo outra vez ¬_¬', já era de se esperar que a Lívia ia fazer o mesmo de sempre e debochar de mim.
"Aprendeu a lição, linda? Espero que sim, porque eu não aguento mais ouvir aqueles professores gritando em nossos ouvidos outra vez né gente?"
Mas eu tenho vontade de de... ARGHT! Tenho nojo daquela garota, NOJO! E ainda por cima, para compensar, só tenho 2 amigos, sim, DOIS AMIGOS! Luíz Gustavo e Opala (chique esse nome não?), ai se não tivesse eles de amigos, não sei o que seria de mim. Depois da aula com o professor Tucano (ops! Giovanni), tivemos aula com a Bruxa da Pedrita ( daonde que a mãe dela arranjou esse nome? Flintstones?), como era de se esperar, ela passou uma daquelas equações gigantes de que x é igual que x que é igual a y AAA, eu juro que não sei como consegui passar de ano ainda, mas eu prometo que irei tomar as providências necessárias para solucionar esse mistério.
Depois do sinal tocar, o Luíz me levou pra casa e me despedi dando um beijo na bochecha dele.
Passaram-se algumas horas e vesti meu pijama favorito (um conjuntinho da Hello Kitty), de repente, me deparo com o Vítor me piscando no msn:

Vítor: Oi linda! Tudo bem?
Thainá: Ah.. oi Vítor! Tudo ótimo e vc?
Vítor: Melhor agora (66'
Thainá: :$ [carinha de vergonha] hsuahs
Vítor: Mas afinal, é verdade q tu tá afim de mim?
Thainá: uashuas do q q vc tá falando menino?
Vítor: Não tenta me enrolar, a Lívia me contou.
Thainá: Desculpa a grosseria, mas quem é ela pra falar de quem eu gosto ou não?!A gente nem conversa e além disso nunca gostamos uma da outra!
Vítor: Sei..
Thainá: Vítor, para! Assim vc me deixa sem graça.
Vítor: Ah tá tá.. te vejo na escola beijos [emoticon]


VÍTOR DESLIGOU-SE

Eu não sei o que deu em mim depois desta conversa, meus batimentos cardíacos estavam mais acelerados, estava eufórica e comecei a dançar pela casa, foi tudo tão... sei lá, de repente, acho que o oi linda me deixou um pouquinho balançada, ou no fundo, ainda havia a esperança de que eu e o Vítor poderíamos ser algo a mais do que apenas colegas de classe ( no máximo amigos, acho).

Para a minha surpresa, quando chego na escola, tudo parece estar normal, os meninos jogando futebol, Lívia que como sempre, está falando mal de alguém por aí, os professores reclamando do desempenho dos alunos e o Luíz e a Opala conversando perto da cantina, eu dei um beijinho nos dois e contei pra Opala o acontecido.
Opala - A vaca da Lívia contou pro Vítor que você gosta dele?
Eu - É Opala é, só não sei como ela ficou sabendo
O Luíz de fininho, se escondeu e ficou escutando a conversa.
Opala - Xereta como é, ela deve ter escutado a conversa.
Eu - Que nem você né Luiz! Haha.
Luíz - Agora que eu já sei de tudo, por quê eu não posso escutar o resto da conversa?
Opala - Porque é papo de mulher, tonto. Sai daqui.
Luíz - Nossa tá bom, não precisava falar desse jeito né.
Eu - Opala coitado. Hehe.
Opala - Affê! O sinal tocou, depois a gente conversa.
Eu - ok.
Entramos na sala e tivemos aula com a professora Liliane de história, a ÚNICA professora legal daquela escola, estamos aprendendo sobre a idade moderna, mas como em todas as aulas, sempre estou desenhando no meu caderno ou mandando bilhetinhos. De novo tivemos aula com o professor Giovanni, e hoje ELE resolveu escolher as duplas, eu fiquei com o Luíz e a Opala ficou com o VÍTOOR.
Luíz - Tá com ciúmes da Opala Thainá? - fez cara de cínico
Eu - Vai se catar Luíz! Haha. O que será que esse professorzinho vai dar hoje?
Luíz - Provavelmente o mesmo de sempre, copiar algum texto.
Copiamos um texto, desta vez, falava sobre a importância das frutas, alguma coisa assim, graças a deus o Vítor digitou e não foi necessário apagarmos todo o texto porque fizemos o parágrafo de maneira errada.
Depois, nada de interessante ocorreu, na hora de ir embora, eu, o Luíz Gustavo e a Opala resolvemos ir ao Center Norte. Cheguei em casa, almocei, tomei um banho, vesti uma blusinha meio que "largadinha", uma calça jeans, um all star e fiz um coquinho despojado, depois passei um gloss tranparente. O Luíz quando me viu brincou:
Luíz - Virou mendiga?
Eu - Não Luíz!!
Opala - Ai tá lindo assim amiga! Vamos.
Chegamos ao shopping, fomos ao Burger King e começamos a conversar, eis que o Luíz me vem com essa:
Luíz - Não é por nada não mas, olha só quem está lá atrás...


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